AS IGREJAS NUNCA FECHAM, PORQUE A IGREJA SOMOS NÓS.
A Paróquia de Santo António dos Olivais, em Coimbra, transmite em directo, às 10:00 horas de cada domingo, a missa dominical concelebrada pelos freis.
Continuamos a viver a Páscoa em comunhão, rezando uns pelos outros e fortalecendo a nossa fé, a nossa esperança e a nossa caridade.
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VIMOS O SENHOR !
Quando os discípulos de Emaús foram anunciar aos apóstolos que tinham visto o Senhor, estes não acreditaram. Quando, passada uma semana, os dez apóstolos disseram a Tomé que tinham visto o Senhor, este também não acreditou.
Quer dizer, a fé não é uma coisa tão fácil como se poderia pensar. Vemo-lo, nós também, neste período de pandemia. Perante situações que nos desorientam e nos lançam no medo, nós invocamos o Senhor para que nos dê fé “que tudo há-de correr bem”, esquecendo que ter fé em Jesus não significa simplesmente esperar num futuro mais risonho, mas assumir a vida como Ele a assumiu, passando e “tocando” com as nossas próprias mãos as feridas que marcam o seu corpo. Devemos ser gratos a Tomé, porque ele nos recorda que a fé é, sim, uma lâmpada que nos abre um caminho de luz, mas precisa de um cuidado contínuo para não se apagar.
O cuidado da fé passa pelo empenho em manter vivo em nós o fogo do desejo de “ver o Senhor”, crescendo no conhecimento da Palavra de Deus e partilhando o Pão do Amor, a Eucaristia, que Jesus nos deixou quando celebrou a Páscoa com os discípulos e pediu que eles continuassem a “fazer isto em sua memória”. A Eucaristia, portanto, é o encontro de dois “desejos”: de Jesus, que quer apresentar ao Pai todos os seus filhos e de cada um de nós, que aceita fazer própria esta entrega.
Jesus, meu Senhor e meu Deus, faz que eu acredite!
PALAVRA DO SENHOR
2º Domingo de Páscoa – Domingo da Divina Misericórdia
Act 2, 42-47
Salmo: 117 (118)
1 Pd 1, 3-9
Jo 20, 19-31
A fé é o tema que une as três lei-turas deste domingo.
O Evangelho, que apresenta a passagem para a fé do incrédulo Tomé, proclama a a bem-aventurança de quem acredita sem ver; a 1ª leitura fala dos membros da comunidade cristã como “aqueles que tinham acreditado”; a 2ª leitura define os cristãos como “aqueles que amam Jesus e acreditam nele sem o ver”.
Fruto da ressurreição de Cristo é a Igreja, que é apresentada nos Actos dos Apóstolos nos seus quatro parâmetros fundamentais:
1) O ensinamento dos Apóstolos (pregação, catequese, ensino);
2) a comunhão (dos bens materiais, mas também dos espirituais);
3) a fracção do pão (a Eucaristia);
4) a oração.
Em particular, os cristãos são aqueles que perseveram nestas práticas constitutivas da Igreja: a vida cristã não é a aventura de um momento passageiro, mas um itinerário que, através de todas as etapas da vida, acompanha a existência do crente até à sua morte.
A presença do Ressuscitado na vida dos crentes, cria uma comunidade em que reina a paz em vez do medo, a confiança em vez da desconfiança, a liberdade em vez da escravidão. E daí brota o dinamismo da missão.
(Luciano Manicardi – prior do Mosteiro de Bose)
A Oração do domingo
Meu Senhor e meu Deus!
O apóstolo Tomé é particularmente simpático, porque encarna as dúvidas e as dificuldades da fé e a necessidade de lutar interiormente para chegar à entrega de si próprios.
Tu, Jesus, chamas “felizes” aqueles que acreditam sem terem visto: quer dizer, referes-te a nós, que não tivemos a possibilidade de te ver e tocar. Obrigado, Senhor, pela tua consideração, que nos anima quando vacilamos; obrigado, porque não ignoras quanto, por vezes, é difícil acreditar.
Mas, sobretudo, obrigado porque nos convidas a ir ao essencial na nossa relação contigo: a confiar com todo o coração, a entregar-nos com simplicidade, pois só desta forma poderemos contemplar a beleza do teu amor!
Obrigada por mais um belo momento. Que Deus nos acompanhe a todos.