A Eternidade do Tempo e os Mensageiros de Sonhos
Onde não há sonho, não há futuro.
Eu pensei bastante naquilo que aquela mulher, entre a tristeza e a melancolia, me avisava – “o futuro deixa de existir quando os sonhos acabam”.
Onde não há sonho, não há futuro.
Eu pensei bastante naquilo que aquela mulher, entre a tristeza e a melancolia, me avisava – “o futuro deixa de existir quando os sonhos acabam”.
Naquele dia, veio-me a certeza de que qualquer luta só se vence na ação, que cuida, abraça e protege coletivamente. As desesperanças não mudarão o futuro de crianças e jovens. A paz é exigente. Demanda a ação. Convoca a esperança. O envolvimento e o vínculo. Exige a palavra e o gesto que, ao se repetirem − recuperam, reconstroem e transformam.
A memória é um retrato feito de alta tecnologia. É tão surpreendente que se consegue o movimento daquela imagem capturada.
Inêz Fornari recebia-nos no portão.
O seu sorriso franco, a sua presença grande e simples era a poesia de
domingo. Ali, nos sentávamos à roda e reinventávamos o mundo.
Mesmo diante de um mundo difícil, não quero perder a esperança e, assim, faço da oração a palavra que me cura. É estranho, mas é certo. A oração me aproxima da minha esperança e traz-me alguma paz.
Que tempo têm, hoje, as crianças para “engolir com o olhar” os assombros do mundo?
Como olham as realidades com as quais se confrontam todos os dias?
Abri a janela para o novo dia, seguindo Debussy e a sua rêverie. O meu olhar misturou-se à natureza de pedras altas, vestida de um verde-rápido que eu jamais havia …
Hoje, inauguro-me. Uma nova janela abre-se para o olhar. Na escrita, nasço. Desnasço. Enquanto nasço, a palavra se converte em oração, onde pousa a eternidade dos lírios brancos que, em ramo, florescem a vida. Enquanto desnasço, o novo acontece.
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