Em atualização…
Nota do delegado provincial

Na madrugada do dia 11 de Abril, faleceu repentinamente o frei João Sartori, franciscano conventual, da nossa comunidade de Viseu, devido a uma pancreatite e infecção geral.
O adeus da comunidade
Domingo, 15 de abril, às 18h00, realizou-se a missa de despedida, em Viseu, presidida pelo Bispo D. Ilídio Leandro, com a presença de todos os confrades franciscanos conventuais da delegação portuguesa. O corpo seguiu, no dia seguinte, para Itália, conforme o desejo expresso do frei João.
Na bela e sentida homília dizia-nos o Frei Fabrizio:
Mas aqui não está, hoje, Tomé, incrédulo. Não estão os apóstolos espantados e cheios de medo. Estamos todos nós, incrédulos e perturbados, porque aquele sorriso simples e genuíno do frei João que nos acolhia à porta desta Igreja, apagou-se repentinamente.
O seu sorriso bondoso, as suas mãos – as suas grandes mãos que cumprimentava de maneira carinhosa, dizendo: «Alegria, alegria…» – eram o seu «bilhete de identidade». É assim que muitas pessoas lembram o frei João, que entrava no coração de muitos com o seu ar de criança e, ao mesmo tempo, de avozinho cheio de ternura.
Esta «santidade ao pé da porta» – assim como a define Papa Francisco – era bem clara aos olhos de quem encontrava o frei João.

Dia 17 de abril, às 15h00, realizar-se-á o funeral, em Camposampiero (Pádua), presidido pelo Ministro provincial dos franciscanos conventuais.
Nota biográfica
Nasceu em Massa Fiscaglia (Ferrara), a 2 de maio de 1947;
Entrou no seminário franciscano, em Pádua, a 24 de setembro de 1986;
Fez a profissão solene na Ordem dos Frades Menores Conventuais, a 4 de outubro de 1991, em Pádua;
Foi ordenado presbítero, a 22 de maio de 1993, em Massa Fiscaglia (Ferrara);
Viveu nas comunidade franciscanas de Santo António dos Olivais, Coimbra (1992-1997 e 2005-2009) e de Viseu, igreja dos Terceiros (1998-2005 e 2009-2018).
Colaborador do “Mensageiro de Santo António
Depois de viver com simplicidade, alegria e amor, Frei João Sartori, que chegou a Portugal em 1992, partiu e regressou à casa do Pai, a 11 de abril de 2018. Foi colaborador do “Mensageiro de Santo António” com a rubrica “Voz para vós, até dezembro de 2012, tendo posteriormente continuado a colaborar na recolha e publicação das Cartas a Santo António.
Procurando algumas pegadas na Internet, encontrámos uma referência à sua anterior despedida de Viseu quando voltou para Coimbra, em Setembro de 2005, que de certo modo já enquadra e dá sentido à sua morte, pois os “freis” estão sempre em partida.
Relata o Pe. Nuno Almeida, a 26 de Setembro de 2005, para a agência Ecclesia:
Quando partiu de Viseu para Coimbra, Frei João, na sua grande simplicidade, apenas disse que dava graças a Deus pelo que pôde ter feito para crescer e fazer crescer no amor de Deus e do próximo os Visienses com quem conviveu.
Frei Gianni, vice-provincial, que veio de Pádua, referiu na altura que “partir é sempre difícil, separarmo-nos das pessoas e das coisas é uma renúncia custosa, mas quando é para dizer SIM a Deus e ao alargamento do Seu Reino, viver a itinerância torna-se mais uma etapa na vida daqueles para quem Deus e o seu Reino é o seu tudo”.
Encontrámos também uma das suas homilias, de dezembro de 2011. Apresentamos um pequeno excerto da mesma, pois retrata bem o coração bondoso e transparente do frei João:
Foi Jesus que inaugurou relações novas entre o homem e a mulher, paritárias e sem medos. As Bem-Aventuranças Jesus viu-as em sua casa, viveu-as junto com os pais, aprendeu-as na casa de Nazaré através dos pais: eram pobres, justos, puros de coração, mansos, construtores de paz, com entranhas de misericórdia para com todos. E o seu falar era: “Sim, sim; não, não!” Jesus sentia-se bem tão bem com os seus pais que com Deus Pai adotou a linguagem de casa e chama-o: “Abbá! Pai”. E isso significa estender aquelas relações a nível de massa! Por isso dirá: “Vós sois todos irmãos”.
Também hoje, tantas famílias, longe dos refletores, com grande fadiga, tecem profundos elos de amizade, de boa vizinhança e de ajuda e colaboração; vidas extraordinariamente “santas” nas pequenas coisas, como aconteceu em Nazaré.
A família é o lugar, onde se aprende a pronunciar o nome de Deus e o nome mais belo de Deus é: Amor, Pai e Mãe. A família é o primeiro lugar, onde reside o primeiro magistério, ainda mais importante do que o da Igreja! É da porta de casa que saem os Santos, os que sabem dar e receber amor e que, por isso, saberão ser felizes.
Obrigado, frei João, pelo testemunho que nos deixas. Pois que foste fiel nas coisas pequenas, entras agora na alegria do teu Senhor.
Um homem bom que conheci bem em Monte Real e com quem tive longas conversas. Esteve na celebração do meu Matrimónio o que me deu uma enorme alegria. Deus o tenha e o guarde no seu infinito amor.
Rezarei pelo Frei João e lembra lo ei na vida, a caixa das memórias tem abundantes, esperando poder encontra lo um dia no Céu pedindo para isso a sua intercessão. P virgilio
Uma Graça de DEUS ter tido o privilegio de fazer uma viagem peregrinação a Itália
.. Assis ..Pádua..Roma . uma marca na vida para sempre. Obrigada!
Só pode estar já nos braços do Pai.
Frei Giovanni, viveu sua Consagração com plena entrega ao serviço de Deus na Igreja, seu povo.
Nossa sentida oração na partida repentina para casa do Pai.
Deus o tenha no céu
Frei João Sartori, OFM Conv. foi um santo homem, irmão e discípulo de Francisco. Tive o privilégio de viver com ele quando passei por Santo António dos Olivais, (Casa São Francisco) entre 1992-1995. Meus pêsames a toda a comunidade Franciscana Conventual em Portugal e Pádua. Asseguro-lhes as minhas orações e bênçãos especialmente na celebração da Santa Missa. Paz e Bem! (Pe. José Eduardo Viveiros Medeiros, MPS (Comunidade Missionária Providência Santíssima, Mococa, São Paulo, Brasil))