Porquê, Senhor?

Depois de termos vivido, no verão, a empolgante experiência da Jornada Mundial da Juventude, depois de termos iniciado o novo ano escolar e pastoral com esperança e confiança, depois de nos termos alegrado pelo empenho do Sínodo em caminharmos juntos para a renovação da Igreja, a fim dela ter um rosto mais humano e comprometido pela sua casa comum, eis-nos caídos perante um novo foco de guerra, que pode arrastar o mundo inteiro.

Toda a gente ficou horrorizada pela brutalidade do ataque do Hamas a Israel e pela violência dos combates que se estão a travar na Faixa de Gaza. Porém, não deixa de impressionar a reação que se manifestou por todo o mundo: não um repúdio à violência e às atrocidades da guerra, mas uma sede de vingança e de destruição sobre aqueles que cada qual considera inimigos, deitando assim mais achas na fogueira para que o nosso mundo se transforme num imenso campo de batalha.

Face a tudo isto, sentimo-nos impotentes e perdidos, e lançamos para o Céu um suspiro e um grito: porquê, Senhor? Porquê?

Não sei se o Senhor responderá pessoalmente à nossa pergunta, pois penso que já falou muito através dos profetas e do seu próprio Filho Jesus Cristo; por isso, acho que devemos simplesmente pôr em prática o que o Papa Francisco sugeriu na conclusão da JMJ: Escutar e não temer. Sim, escutar Jesus, porque Ele é o caminho do amor, e não temer, porque Ele já venceu o mundo e continua presente na nossa vida.

Foto da capa: Bombardeamentos de Israel sobre o Norte da faixa de Gaza, como resposta aos ataques do Hamas que causaram pelo menos 1400 mortos e mais de 200 reféns. Foto 17 outubro 2023, EPA/MOHAMMED SABER

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