Depois de termos vivido, no verão, a empolgante experiência da Jornada Mundial da Juventude, depois de termos iniciado o novo ano escolar e pastoral com esperança e confiança, depois de nos termos alegrado pelo empenho do Sínodo em caminharmos juntos para a renovação da Igreja, a fim dela ter um rosto mais humano e comprometido pela sua casa comum, eis-nos caídos perante um novo foco de guerra, que pode arrastar o mundo inteiro.
Toda a gente ficou horrorizada pela brutalidade do ataque do Hamas a Israel e pela violência dos combates que se estão a travar na Faixa de Gaza. Porém, não deixa de impressionar a reação que se manifestou por todo o mundo: não um repúdio à violência e às atrocidades da guerra, mas uma sede de vingança e de destruição sobre aqueles que cada qual considera inimigos, deitando assim mais achas na fogueira para que o nosso mundo se transforme num imenso campo de batalha.
Face a tudo isto, sentimo-nos impotentes e perdidos, e lançamos para o Céu um suspiro e um grito: porquê, Senhor? Porquê?
Não sei se o Senhor responderá pessoalmente à nossa pergunta, pois penso que já falou muito através dos profetas e do seu próprio Filho Jesus Cristo; por isso, acho que devemos simplesmente pôr em prática o que o Papa Francisco sugeriu na conclusão da JMJ: Escutar e não temer. Sim, escutar Jesus, porque Ele é o caminho do amor, e não temer, porque Ele já venceu o mundo e continua presente na nossa vida.
Foto da capa: Bombardeamentos de Israel sobre o Norte da faixa de Gaza, como resposta aos ataques do Hamas que causaram pelo menos 1400 mortos e mais de 200 reféns. Foto 17 outubro 2023, EPA/MOHAMMED SABER
À atenção dos leitores
Como já temos vindo comunicar, a revista Mensageiro de Santo António concluirá a sua publicação com o próximo número de dezembro, por razões de sustentabilidade da mesma.
Entretanto, sentimo-nos na obrigação de agradecer a todos os leitores e amigos que nos têm manifestado a sua mágoa por esta decisão. A redação da revista partilha com eles o mesmo sentimento, mas reconhece também a situação delicada que a propriedade da revista está a atravessar.
Confiamos na intercessão e na proteção de Santo António. Certamente ele há de contribuir para que tudo o que de bom foi semeado, não se perca, mas renasça oferecendo novas flores e frutos.
A comunidade de Santo António dos Olivais, que desde sempre acolheu e acarinhou os freis e a edição da revista, manterá as portas abertas para receber todos os que invocam Santo António e continuará a lembrar e a rezar por todos os que constituem esta grande Família Antoniana.
A redação