Fixemos o modelo do bom Samaritano. Lembra-nos a nossa vocação de cidadãos do próprio país e do mundo inteiro, construtores dum novo vínculo social. O texto do Evangelho constitui um apelo sempre novo: “que a sociedade se oriente para a prossecução do bem comum e, a partir deste objetivo, reconstrua incessantemente a sua ordem política e social, o tecido das suas relações, o seu projeto humano.
Com os seus gestos, o bom samaritano fez ver que a existência de cada um de nós está ligada à dos outros: a vida não é tempo que passa, mas tempo de encontro (FT 66).
Para os cristãos, as palavras de Jesus têm ainda outra dimensão, transcendente. Implicam reconhecer o próprio Cristo em cada irmão abandonado ou excluído (FT 85).
Juramento Profissional dos Enfermeiros – Em 2017, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, os recém-licenciados em Enfermagem de todas as escolas da região faziam, sorridentes, o seu juramento profissional. Abraçavam o cuidar do outro – de qualquer condição social, idade e nacionalidade – como missão. Não sabiam (quem poderia saber?) que muitos deles, apenas três anos depois, estariam na linha da frente de uma pandemia mortífera. Meses antes de o COVID-19 chegar, os enfermeiros manifestavam-se reclamando maior reconhecimento por parte da sociedade civil e do governo. Hoje desdobram-se em turnos e estão extenuados. Agora sabemos isso. E mais tarde? Continuaremos a lembrar-nos dos que se arriscaram por todos nós?
Foto de Inês Bolinhas, 2017 e Foto Estela Silva / LUSA – Luta contra a Covid-19 no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, 20 janeiro 2021.
Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, Foto Inês Bolinhas, 2017.
Foto Estela Silva / LUSA – Luta contra a Covid-19 no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, 20 janeiro 2021.
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