O Cântico das Criaturas, na época dos protestos contra as mudanças climáticas que animam o Terceiro Milénio, é, hoje, mais atual do que nunca.
“Estou certo de que Francisco de Assis caminharia ao lado dos jovens nas manifestações a favor do meio ambiente”. Palavras do Frei Enzo Fortunato, dos frades de Assis, a propósito do movimento Fridays for future. O protesto global, iniciado por Greta Thunberg, ganhou uma dimensão global e, todas as sextas-feiras, enche as praças do mundo.
O Cântico das Criaturas, um hino de amor que São Francisco dirige à Criação, torna-se, por isso, mais relevante do que nunca, no momento dos protestos contra as mudanças climáticas que animam o Terceiro Milénio. “O pobre de Assis – continua o diretor da sala de imprensa do Sagrado Convento de Assis – observando a sede de justiça social e ambiental desses meninos e meninas, diria Louvado sejas, meu Senhor, por esses jovens que amam e desejam respeitar a nossa mãe terra, que nos sustenta e governa, e produz frutos diferentes, flores e ervas coloridas“.
A mensagem de Francisco de Assis deve ser apresentada com entusiasmo: “Somos chamados a apoiar e incentivar os jovens, com o nosso testemunho e proximidade política, religiosa e social. Os valores pelos quais lutam pacificamente em todas as praças do mundo são os mesmos valores que o Papa Francisco expressou na Laudato si’. Na Encíclica, o nosso Papa coloca uma questão fundamental: o desaparecimento de milhares de espécies vegetais e animais, que serão perdidas para sempre. A questão é: Que futuro daremos aos nossos filhos?“.
“Pois bem, os nossos filhos tomaram o futuro em suas próprias mãos e agora querem uma resposta. São Francisco manifesta-se ao lado deles, pedindo uma assunção de responsabilidades face à nossa mãe Terra“.
O Cântico das Criaturas ou Cântico dos Freis foi escrito no vernáculo da Úmbria por São Francisco de Assis, em 1224, dois anos antes da sua morte, depois de uma noite de oração e dor.
Tradução e adaptação de https://www.sanfrancescopatronoditalia.it.